Os trabalhadores dos Correios, em greve desde o dia 30 de junho, promoveram na terça-feira, 8 de julho, o enterro simbólico do pres. da empresa Carlos Henrique Custódio. Os ecetistas, em grande número, se concentraram na porta da empresa, na Cidade Nova, onde almoçaram com quentinhas distribuídas pelo SINTECT-RJ, saíram em passeata em volta do prédio e fizeram uma assembléia que aprovou a continuidade da greve.
O carteiro Joel Arcanjo, 43 anos, há 10 anos na empresa, é representante sindical da categoria, membro do Comando Nacional de Negociação e disse que a categoria está, e deve continuar em greve, por culpa da intransigência da direção da empresa que tenta impor uma proposta que prejudica os trabalhadores. Ele cita como exemplo, o PCCS, que entre outros pontos prejudiciais aos trabalhadores, tenta transformar os carteiros, os OTTs, os motoristas, os motociclistas e os atendentes comerciais em exercentes do cargo de agente de correios. O resultado disso, será um aumento brutal da carga de trabalho para os trabalhadores sem nenhuma compensação.
Para os trabalhadores com quem conversei, ao transformar o cargo de carteiro, símbolo do sucesso da empresa, no cargo amplo de agente de correios, a empresa pretende estabelecer o amparo legal que precisará para ampliar a exploração de seus trabalhadores. Ela fará isso, impondo o desvio de função, transformando carteiros em vendedores dos mais variados produtos e promovendo terrorismo com as demissões que poderá fazer dos empregados que não atingirem as metas de vendas estabelecidas pela direção da empresa e dos que forem penalizados com duas avaliações negativas apontadas por seu chefe.
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